sexta-feira, 4 de junho de 2021

Pedagogia da Autonomia e eu

Lembrei do livro Pedagogia da Autonomia e do que escrevi sobre ele:
Paulo Freire em “Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa” nos traz um texto bem colocado, elegante e gentil, nada menos eu esperaria de um autor mundialmente reconhecido e citado, Pernambucano, experiente em sua intelectualidade, falar de seus textos me traz a necessidade de dar graças pela existência de tantas reflexões sábias provenientes desse grande estudioso dedicado a educação, claro em seu posicionamento pelos vulneráveis socialmente, atuante em sua escrita pelos injustiçados com as desigualdades sociais, alguém que expressa muito sobre luta, sobre o desejo de uma realidade de transformação social pelo bem comum e igualdade social, pela justiça social. O livro traz a perspectiva da autonomia, de como atuar na prática docente, como estabelecer a relação docente e discente de maneira bem-quista, com a importância do respeito, da capacitação, da responsabilidade, no todo o livro é permeado por argumentos e contextos de como a prática educativa deve ser, em todo o texto somos levados a refletir a educação ao nível de contexto social e da prática docente para as pessoas, a educação para gente e a importância de ser gente para ser educador. Dentre as reflexões aquelas que provocam o leitor a pensar sobre a realidade da educação e também quanto ao papel do professor como profissional da docência e na sociedade em que vive. Não é simples ser professor. Isso me retoma um pensamento que me ocorreu, Paulo Freire cita a realidade da educação com suas dificuldades e baixos salários, é assustador que a realidade de hoje é semelhante, talvez até de modo piorado dependendo do aspecto que se pontue e discorra, o texto de Paulo Freire escrito há tempos se mostra atual quando reflete sobre o descaso com a educação e no pensar em políticas em favor da educação, essas que não são de interesse da classe dominante e assim permanecem colocadas a escanteio, a luta é necessária pelos que repensam a sociedade e buscam uma sociedade igualitária, a educação é parte importante de uma transformação social de maior enriquecimento em conhecimentos da sociedade, assim somos levados a pensar qual a sociedade que queremos em meio a realidade que encontramos, é justo termos pessoas vivendo miseravelmente? É justo a educação de qualidade não ser acessível? É preciso que o professor em sua prática se coloque como crítico da realidade que encontra, questionador do que a sociedade vivencia buscando cumprir seu papel docente coerente com a prática de educador ético para a sociedade construtiva.