terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Estória contada por uma pedagoga.

Existia, no imaginário distante, um cemitério chamado Passar bem. Poucas pessoas o visitavam e sempre achavam estranho ele ser composto apenas de pedrinhas numeradas. Muitos fingiam saber o porquê das pedrinhas estarem numeradas e o tratavam com indiferença. Outras não sabiam a quem perguntar: - Como?! Um cemitério só de pedrinhas?
Certo dia um menininho curioso e educado decidiu que passaria o dia a observar as pedrinhas desejando que alguém viesse lhe falar. Ele sabia que as pedagogas adoravam as próclises da vida. Então tornava a pensar e falava na esperança de alguém aparecer... {Efeito estufa}... Será que alguém me falaria o porquê dessas pedrinhas assim?
Enquanto refletia o menino notou que nas pedrinhas estavam escritos: 20 min, 1 ano, 5 horas. Isso o deixou ainda mais inquieto na busca por respostas. Ele estava tão concentrado na busca por respostas que mal pôde escutar que dele se aproximava: Um galo, um rato e uma vaca. O galo estava embriagado, falava pelos cotovelos. Não entendo como o menino não o ouviu. O rato era atento, calado, aparentemente abatido. A vaca por sua vez estava a comer muitos vegetais. Atrás de toda essa bicharada andou voando ou andou, voando uma borboleta muito danada e sabida.
O menino viu os bichos se aproximando não notou a borboleta devido a distancia, pois a borboleta mesmo sendo exuberante não tinha lá grande tamanho e de longe não era visível para o menino.
A borboleta foi a primeira a achar lindo o menininho que estava sentado com a pedrinha na mão.
O galo olhou para o menino pegou um chinelo que estava próximo e perguntou onde estava o outro chinelo. Na verdade ele perguntou assim: Ondd ttta ceio ChINeelioo, enn?
O menino mostrou-lhe a pedrinha e disse que às vezes anda com um chinelo. Poderia andar sem ambos. Disse que não queria que o deixasse sozinho com aquela pedrinha. Ele falava que nas pedrinhas estava o tempo: 5 min, 1 h, 45 min de futebol...
A borboleta muito perspicaz adiantou dizendo que o escrito nas pedras não era o tempo, era a contagem do tempo. A vaca muito curiosa interrompeu a borboleta e perguntou se nas pedras tinha a contagem em segundos, milésimos de segundo. A borboleta, por sua vez, apenas enfatizou que nas pedrinhas estava a contagem do tempo... A contagem...
O menininho atendo ao dialogo olhou para a borboleta e perguntou o que era a contagem do tempo e porque estava nas pedras.
A borboleta filosofa respondeu que cada pedrinha era o tempo de vida de cada pessoa na VIDA. Em seguida pegou uma das pedras e terminou o Texto dizendo que aquela na mão do menino era dona Maria, morreu aos 60 anos Viveu 25 min.

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