terça-feira, 8 de novembro de 2016

Na estrada.

Domingo,
Choveu, fez sol, lá vou eu.
Entro no 26, dois meninos sentados, 18 e uns quebrados, Panatis, sobe um bêbado, não era um bêbado escandaloso, titubeou, sorriu, segurou forte nas cadeiras do ônibus, os meninos se entreolham e riem. Avenida das fronteiras, sobe mais 3 meninos, camisas pretas, um de cabelo encaracolado, me lembrou Jimi Hendrix, outro de bandana, uma bola de basquete. Os meninos sentados reconhecem os que estão chegando, cumprimento amigável, um deles questiona: “Vão pra onde?” O garoto tipo Jimi Hendrix: “Vamos jogar basquete em ponta negra.” Outro complementa: “Esse aqui vai trabalhar mas a gente vai jogar”. Avenida Paulistana, primeiro bar saindo das Fronteiras, mesas na calçada, o bêbado animado acena da janela do ônibus para conhecidos nas cadeiras do bar. Segue na avenida, sobe um garotinho com a família, Christopher pergunta pelos pais, a tia diz: seus pais estão ali, mas você tá com sua tia, segura firme. Alguns minutos, a mãe chama Christopher e sentam. O bêbado desce. Sobe a mulher da jujuba: “Tenho três filhos menores, alguem pode pagar a passagem para eu vender a jujuba?” Um homem grita lá de trás: - Passa que eu pago. Outro de meia idade se adianta na frente, vai até o cobrador e apresenta o cartão. A mulher continua: “ - Tô vendendo a jujuba, tenho 3 filhos menores, desemprego”. Bernardo vieira, xiiii nem apreciei a pintura do muro da escola estadual Rotary, passa a Secretaria municipal de trabalho e assistencia social. Ponto anterior ao Midway, muita gente desce, Cristopher vai sentar com a tia em uma cadeira mais alta. Parada do midway, vai subir um cadeirante, o motorista se adianta para descer a engenhoca-elevador que leva o cadeirante para o interior do ônibus. Cristopher surpreso: “Nossa! Tem controle!” O cadeirante adentra no ônibus, cabelo loiro ralinho, olhos claros. Acomoda-se e começa a falar: “Eu uso fraudas, se alguém puder ajudar com qualquer quantia, perdi os movimentos da cintura pra baixo”. E lá vai, passando as notas de 2 reais de um lado a outro do ônibus. Natal shopping, vai descer o cadeirante, motorista se adianta ajuda a tirar o cinto do cadeirante, Christopher de olhos atentos, a engenhoca-elevador desce com o cadeirante, Christopher boquiaberto, reparo que no braço esquerdo de Cristopher tem uma ferida bem cascuda. Estação de transferência 1 Bairro latino, Sobe uma senhora com um mundaréu de sacolas. Eu me adianto: “Senta aqui, já vou descer.” Ela agradece. Desci! Roberto freire deserta, desfilei no atravessar. Cheguei!

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